sexta-feira, setembro 15, 2006
Neoarteatrocidade, outubro de 2005
Um dia, eu quis ser dente-de-leão.
Desses que nascem em qualquer quina,
em qualquer esquina, em qualquer calçada.
Eu quis ser insistente,
como quem rompe o asfalto para provar ser existente.
Eu quis ser dente-de-leão para acabar na mão daquela criança Que foi até a esquina buscar a bola, ou que corria atrasada pra escola,
E assim ser arrancado do solo áspero
E ser soprado,
Libertado,
Liberado no ar como uma alegria certa
Pra renascer em lugares diversos.
Sim, eu quis ser ar, eu quis ser verso.
Um dia, eu quis ser livre em meio às ruas da cidade,
Eu quis ser livre.
Um dia, eu quis ser.
Arthur Netto,
7/10/2005 despejado por ARTHUR NETTO
Desses que nascem em qualquer quina,
em qualquer esquina, em qualquer calçada.
Eu quis ser insistente,
como quem rompe o asfalto para provar ser existente.
Eu quis ser dente-de-leão para acabar na mão daquela criança Que foi até a esquina buscar a bola, ou que corria atrasada pra escola,
E assim ser arrancado do solo áspero
E ser soprado,
Libertado,
Liberado no ar como uma alegria certa
Pra renascer em lugares diversos.
Sim, eu quis ser ar, eu quis ser verso.
Um dia, eu quis ser livre em meio às ruas da cidade,
Eu quis ser livre.
Um dia, eu quis ser.
Arthur Netto,
7/10/2005 despejado por ARTHUR NETTO