quarta-feira, março 11, 2009

MATÉRIA DO JORNAL " O DIÁRIO DE MOGI "

O delegado Luiz Roberto Biló, titular do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, indiciou ontem em inquérito por lesão corporal dolosa (com intenção) seguida de morte o pintor de paredes Antônio Ernane Gomes, de 28 anos, e o entregador Carlos Vinicius Moraes, de 20 anos. Eles negam, mas são acusados de participar da briga com um terceiro rapaz, não identificado, que resultou na morte do publicitário Arthur José Neto, de 30 anos, depois de um mês e 10 dias.
O caso foi dado como encerrado após dois anos, seis meses e 10 dias, afirmou o delegado Biló, que pretende concluir o inquérito em 30 ou 40 dias. "Não sei ainda se irei pedir a prisão deles à Justiça", observou. Explicou que ouviu quase 50 testemunhas, que na madrugada de 5 de agosto de 2006 frequentavam as casas noturnas Zero Grau e Nova Comédia, na Avenida Narciso Yague perto do Centro Cívico, conseguindo indícios suficientes para incriminar os envolvidos.
O espancamento teria ocorrido na esquina das Ruas Antônio Cândido Vieira e Otto Unger. "Sabemos que eles se cruzaram e se estranharam, sendo Arthur atacado pelos três. Nós encontramos as testemunhas e refizemos todo o trajeto", lembrou Biló. Informou que o inquérito é formado por dois volumes, num total de 300 páginas. "Começamos as investigações em fevereiro de 2007 depois de esgotados os recursos de buscas no Distrito Central". Os acusados estão sujeitos a uma pena que pode variar de 4 a 12 anos.
Protesto
Renata Bitelli José, de 34 anos, esteve ontem de manhã no Setor de Homicídios. Ela é uma das irmãs do publicitário Arthur que não descansou enquanto o crime não foi solucionado pela Polícia Civil. Reclamou da demora e agora da tipificação feita pelo delegado Luiz Roberto Biló. "Para nós houve homicídio doloso (com intenção) e eu e a minha família continuaremos a lutar pela Justiça. Vamos precisar de um promotor que reverta o quadro para que os culpados não saíam impunes".
Saudosa, ela disse que freqüenta as missas todos os domingos em homenagem ao seu irmão. "Nossa vida mudou muito, mas não desistimos. Os meus pais recebem psicografia do Arthur no Centro Santo Antônio de Pádua".
Para Renata, a denominação Arthur José Neto para a praça localizada entre o Parque Morumbi e a Vila da Prata foi excelente. "Brincávamos lá, e nomear a praça foi melhor que rua".
Defesa
"Ele não tem nada a ver com esse caso", garantiu Oridinéia Ernane Gomes, a "Néia", de 39 anos, que saiu em defesa do seu irmão Antônio Ernane. "Não é justo o que estão fazendo com ele e o seu amigo Carlos Vinicius, que conheço desde pequeno".
Na sua opinião, "neste País se você é um trabalhador pobre pode ser preso sem problemas, e até ser morto. Há uma injustiça social muito grande", lamentou.
De acordo com "Néia", a Polícia Civil deve continuar investigando para descobrir os verdadeiros assassinos. Ela até recordou que "o Antônio jamais faria isso, pois na família temos um irmão o Laerte que foi morto a tiros em 1995, em Braz Cubas, e até hoje o crime não foi esclarecido".
Segundo falou, o Antônio na madrugada da agressão contra Arthur estava em outra casa noturna e na companhia de sua ex-namorada. O delegado Biló adiantou que "já pedimos à família encontrar a mulher, que será prova da defesa, pois nós não a localizamos".
Já Carlos Vinicius diz ignorar o caso. "Não sei o que está acontecendo. Naquela madrugada eu estava no zero grau e voltei sozinho para casa".
Ex-policial militar e oficial de Justiça aposentado Arthur José Filho e a sua esposa Zoroneide Bitelli José esperam ainda que seja feita Justiça. "A morte do meu irmão deve servir como exemplo", concluiu Renata.O delegado Luiz Roberto Biló, titular do Setor de Homicídios de Mogi das Cruzes, indiciou ontem em inquérito por lesão corporal dolosa (com intenção) seguida de morte o pintor de paredes Antônio Ernane Gomes, de 28 anos, e o entregador Carlos Vinicius Moraes, de 20 anos. Eles negam, mas são acusados de participar da briga com um terceiro rapaz, não identificado, que resultou na morte do publicitário Arthur José Neto, de 30 anos, depois de um mês e 10 dias.
O caso foi dado como encerrado após dois anos, seis meses e 10 dias, afirmou o delegado Biló, que pretende concluir o inquérito em 30 ou 40 dias. "Não sei ainda se irei pedir a prisão deles à Justiça", observou. Explicou que ouviu quase 50 testemunhas, que na madrugada de 5 de agosto de 2006 frequentavam as casas noturnas Zero Grau e Nova Comédia, na Avenida Narciso Yague perto do Centro Cívico, conseguindo indícios suficientes para incriminar os envolvidos.
O espancamento teria ocorrido na esquina das Ruas Antônio Cândido Vieira e Otto Unger. "Sabemos que eles se cruzaram e se estranharam, sendo Arthur atacado pelos três. Nós encontramos as testemunhas e refizemos todo o trajeto", lembrou Biló. Informou que o inquérito é formado por dois volumes, num total de 300 páginas. "Começamos as investigações em fevereiro de 2007 depois de esgotados os recursos de buscas no Distrito Central". Os acusados estão sujeitos a uma pena que pode variar de 4 a 12 anos.
Protesto
Renata Bitelli José, de 34 anos, esteve ontem de manhã no Setor de Homicídios. Ela é uma das irmãs do publicitário Arthur que não descansou enquanto o crime não foi solucionado pela Polícia Civil. Reclamou da demora e agora da tipificação feita pelo delegado Luiz Roberto Biló. "Para nós houve homicídio doloso (com intenção) e eu e a minha família continuaremos a lutar pela Justiça. Vamos precisar de um promotor que reverta o quadro para que os culpados não saíam impunes".
Saudosa, ela disse que freqüenta as missas todos os domingos em homenagem ao seu irmão. "Nossa vida mudou muito, mas não desistimos. Os meus pais recebem psicografia do Arthur no Centro Santo Antônio de Pádua".
Para Renata, a denominação Arthur José Neto para a praça localizada entre o Parque Morumbi e a Vila da Prata foi excelente. "Brincávamos lá, e nomear a praça foi melhor que rua".
Defesa
"Ele não tem nada a ver com esse caso", garantiu Oridinéia Ernane Gomes, a "Néia", de 39 anos, que saiu em defesa do seu irmão Antônio Ernane. "Não é justo o que estão fazendo com ele e o seu amigo Carlos Vinicius, que conheço desde pequeno".
Na sua opinião, "neste País se você é um trabalhador pobre pode ser preso sem problemas, e até ser morto. Há uma injustiça social muito grande", lamentou.
De acordo com "Néia", a Polícia Civil deve continuar investigando para descobrir os verdadeiros assassinos. Ela até recordou que "o Antônio jamais faria isso, pois na família temos um irmão o Laerte que foi morto a tiros em 1995, em Braz Cubas, e até hoje o crime não foi esclarecido".
Segundo falou, o Antônio na madrugada da agressão contra Arthur estava em outra casa noturna e na companhia de sua ex-namorada. O delegado Biló adiantou que "já pedimos à família encontrar a mulher, que será prova da defesa, pois nós não a localizamos".
Já Carlos Vinicius diz ignorar o caso. "Não sei o que está acontecendo. Naquela madrugada eu estava no zero grau e voltei sozinho para casa".
Ex-policial militar e oficial de Justiça aposentado Arthur José Filho e a sua esposa Zoroneide Bitelli José esperam ainda que seja feita Justiça. "A morte do meu irmão deve servir como exemplo", concluiu Renata.

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