sexta-feira, maio 15, 2009

Jornal Mogi News 15 de maio de 2009

Policiais do Setor de Investigação do 1º DP identificaram quatro rapazes acusados de participar de uma briga generalizada que resultou em ferimentos graves no cobrador Felipe Lalda Vilela, de 18 anos, atingido por um golpe na cabeça. Um deles, Tiago Malaquias de Santana, 22, foi acusado de tentativa de homicídio. Os outros três jovens prestaram depoimento e também serão citados no inquérito policial.Foram três amigas de Vilela, que estavam com ele na sexta-feira, dia da briga, que ajudaram a polícia a encontrar os acusados. Um deles foi reconhecido em uma loja no Jardim Universo e a polícia conseguiu chegar a Kauê Erreira Benites de Souza, 21, Eremilson Francisco da Silva, 25, e Rodrigo Curvello Correia, 23.Uma amiga da vítima, de 15 anos, contou que estavam na calçada da rua Dom Antonio Candido Alvarenga, no Parque Monte Líbano, quando Santana, que estava com os outros três, passou e chutou uma garrafa. Os estilhaços de vidro acertaram a jovem, que reclamou. O grupo teria ido embora, mas voltado pouco depois com pedaços de telha."Estávamos em três homens e três mulheres e eles passaram a nos agredir. Aí começou a briga. Nada disso teria acontecido se ele não tivesse chutado a garrafa em mim", contou a garota.De acordo com o delegado do 1º DP, Marcos Batalha, Santana, que apresentava um ferimento na orelha, também resultado da briga, foi indiciado por tentativa de homicídio. O suspeito não quis conversar com a Imprensa, porém, para os policiais, ele alegou legítima defesa. "Mas isto está descartado, porque o fato de ele ter saído do local e voltado em seguida com os pedaços de telha afasta totalmente esta versão", acrescentou.A polícia deverá ouvir outras testemunhas da briga, até para confirmar as versões já prestadas na tarde de ontem. De acordo com o delegado Ubaldo Miragaia Cintra, encarregado do caso, cerca de 80% das investigações estão concluídas. "A polícia, ressaltando os policiais do Setor de Investigação, agiu com rapidez para que tivéssemos uma resposta para esse caso".

Quadro clínico de Vilela ainda é de risco, diz mãe
Há seis dias, a vida da manicure Cristiane Mara Oliveira, mãe de Felipe Lalda Vilela, de 18 anos, é acompanhar cada progresso do filho que, mesmo consciente, ainda está em estado grave na UTI da Santa Casa. No fim da tarde de ontem, os médicos retiraram os aparelhos que ajudavam o rapaz a respirar, para ver como o corpo reagiria. Embora consiga ouvir as pessoas, o cobrador ainda não fala e sofre com o sangramento do cérebro."Estive na delegacia e vi o agressor do meu filho, mas não consigo sentir nada por ele. Só desejo que a mãe desse rapaz nunca passe pela mesma dor que passo neste momento", desabafou. Segundo ela, os médicos informaram que a situação de Vilela ainda é de risco e não há previsão de alta. "Só o que eles me dizem é que temos de viver um dia de cada vez".

Caso Arthur - A agressão contra Vilela é semelhante ao drama vivido por outra família. Em 2006, o ator e publicitário Arthur José Netto morreu depois de ser espancado quando saía de uma casa noturna no centro. Em março deste ano, policiais do Setor de Homicídios identificaram o pintor Antônio Ernani Gomes Filho, 28, o Guinho, e o entregador Carlos Vinicius Calegari da Silva, 20, envolvidos no espancamento. Um terceiro suspeito ainda está foragido.Durante dois anos e sete meses, enquanto os policiais trabalhavam nas investigações, parentes e amigos da vítima promoveram protestos e homenagens ao rapaz. Os acusados foram indiciados por lesão corporal seguida de morte. Arthur foi agredido a garrafadas na madrugada de 5 de agosto de 2006. Ele foi surrado por três pessoas em um ponto de ônibus e morreu depois de 41 dias internado.

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